“Situa-te!”
Pediram-me. Assenti.
Sentei-me no topo deste morro.
Se morro? Não. Não há morte a sentir.
Minto. Há. Mas neste momento o vazio isola.
De costas erectas, olhos postos num só ponto, a visão é
agora unilateral; um de cada vez, ponto por ponto, não tenho
estofo para açambarcar o todo. O todo que daqui melhor se avista,
renego-o. Não há cores, só cinza e cinza pó. Sinto os ventos de mudança
Pediram-me. Assenti.
Sentei-me no topo deste morro.
Se morro? Não. Não há morte a sentir.
Minto. Há. Mas neste momento o vazio isola.
De costas erectas, olhos postos num só ponto, a visão é
agora unilateral; um de cada vez, ponto por ponto, não tenho
estofo para açambarcar o todo. O todo que daqui melhor se avista,
renego-o. Não há cores, só cinza e cinza pó. Sinto os ventos de mudança
a acariciar-me o rosto; as partículas empoeiradas circulam-me, acumulam-se
à minha volta, pedaços meus e teus. Fecho os olhos. Não sei o que me virá parar ao colo.
éméle
1 comentário:
Não sei como cheguei aqui..
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