quinta-feira, abril 27



Rasgando a medo a noite dos meus silêncios.

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quinta-feira, abril 20

Barreira de som



e ao som.

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Sem querer quebrar.

sábado, abril 15

Escaladas




“Situa-te!”
Pediram-me. Assenti.
Sentei-me no topo deste morro.
Se morro? Não. Não há morte a sentir.
Minto. Há. Mas neste momento o vazio isola.
De costas erectas, olhos postos num só ponto, a visão é
agora unilateral; um de cada vez, ponto por ponto, não tenho
estofo para açambarcar o todo. O todo que daqui melhor se avista,
renego-o. Não há cores, só cinza e cinza pó. Sinto os ventos de mudança
a acariciar-me o rosto; as partículas empoeiradas circulam-me, acumulam-se
à minha volta, pedaços meus e teus. Fecho os olhos. Não sei o que me virá parar ao colo.




éméle

segunda-feira, abril 10

Do nada



(rocks make people spend time together)

Transparência



É como caminhar sobre vidro. Avistar as verdades e mentiras sem poder sequer tocá-las e, no mesmo instante, sentir o passo seguinte dado nessa plataforma transparente, frágil, insegura, falhar; sentir o pé tocar no vazio e afundar, afundar, afundar até aterrar de novo no mesmo vidro. As tripas tocam o céu da boca nessa queda-viagem.
É assim a perdição em que me sinto.
Nada do que ele me diz me trás segurança - e por isso mesmo me atrai demasiado!.
Tudo o que me diz vem mais tarde a afirmar como atoardas.
Atordoa-me!
No entanto, no meio de tantos dizeres, há algo indefinido que insiste em ficar, e não é bem x ou y do que ele afirma sentir e mais tarde desmente, mas sim um sentir latente nas suas palavras como um todo, que fica gravado em mim.
E é isso que me dá segurança. É isso que faz com que aterre de novo no tal vidro e continue a caminhada.

sexta-feira, abril 7

Posso contar



... contigo para um conto?

Aliás, o pedido estende-se também a quem nos venha a ler e a mim própria.
Damo-nos o tempo que for necessário para colocar ideias e palavras em conjunto (desde que não demoremos meses ou anos ;-) ).
Tenho esta frase em mente já há um bom pedaço de tempo e, agora mesmo ao abrir o blog, tive esta ideia relâmpago de que daria um bom mote para um pequeno conto.


A lua deita-se com o norte.


É esta a frase.
Vale?

:-)



quinta-feira, abril 6

Uma das faces do alento



O tempo que entremeia os nossos "contactos", cada vez mais esporádicos, é uma membrana elástica que nos une. Fazemos ricochete um no outro, e, após embate, somos propulsionados em sentidos, na maior parte das vezes, opostos. E é neste percurso solitário que este tempo absorve sensações de nós - nossas - tornando cada vez mais substanciosa e consistente a membrana.