Foi há tempos que me cruzei com um certo comentário, num blog de que agora nem me recordo "há alguns anos atrás também era gótica...".
Não pretendo negar a cada um a sua maneira de viver e sentir o que acontece na sua vida, nem acho que a minha seja O modo, só que ao ler tal frase algo cá dentro abanou.
Não consigo depreender este estado como sendo passageiro: Ou se é, ou nunca se foi; não há passagem nem retrocesso. Mas isto sou eu em sê-lo.
Quanto a mim, ser-se gótico vive-se no, e para o, interior. É todo aquele que constroi um reino dentro de si porque se vê impossibilitado de o erigir na realidade que o rodeia--e isto provavelmente nada significa a quem me lê, a não ser para mim, porque o sinto.
Daí aquele aparente vazio. O vazio visível.
No meu imaginário os seres vagueiam nus sem artefactos ou artifícios exteriores, porque a imagem é o ruído de fundo, o que está a mais, e quanto menos ruído, mais preenchida será a essência do ser.
Restringida, desse modo, ao imprescindível.
Mas isto sou eu.
E porque nem sempre é fácil a revelação pessoal brotar dum pulo de língua ou dos saltitos de dedos destros . O ser feito novelo que se desenrola com desvelo . Toma-se-lhe a ponta . Desfia-se . Recriemos
sexta-feira, junho 2
Tradução da escrita abaixo
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